em branco

sem destino




Você me olhou, viado, e eu li a fraqueza em seus olhos.

Na última poltrona, a da sacanagem, afagos disfarçados na primeira metade da viagem.
No banheiro da parada de beira de estrada, uma trepada ligeira e chuveiro.

Seu grito mudo no espelho.

Escorrendo pelo ralo, seus pêlos e sangue.

Os riscos de quem viaja desacompanhado: nunca se sabe quem vai ao seu lado.

Um comentário:

Caranguejunior disse...

rsrs verdade!!
o passageiro do lado é uma icógnita...

massa Paulo!!