em branco

soneto 930 habitual

Glauco Mattoso

















SONETO 930 HABITUAL [2003] por Glauco Mattoso



Chuteiras pendurou certo atacante,
de cuja "despedida" até se orgulha,
devido ao povo que o estádio atulha
e aplaude-lhe o carisma, delirante.

De lá pra cá, porém, tenta, durante
a temporada inteira uma fagulha
de fama faturar, e inda vasculha
se vaga tem nalgum time importante.

Parece que essa gente não sossega,
ainda que no banco tenha grana
e idade pra gastá-la à moda brega!

Carrões, mulheres, drogas, nada sana
a falta duma bola e dum colega
no campo ou noutro jogo, mais sacana...

3 comentários:

Fernanda Rodrigues disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Fernanda Rodrigues disse...

São Paulo cidade incomum... essa não vou esquecer.
Romário é poesia, nada como pintar o Zagalo na porta do banheiro, é um bálsamo pros meus pensamentos.
abração!

André Diaz disse...

Rá! Rá! O Glauco é genial!