em branco

cata lá no gol

(Ferrari, Jô Oliveira e Ricardo Amorim)



Quando eu era pequeno
Eu queria jogar futebol
Marcar muito gol, ouvir rock and roll
E aquelas coisas todas de muleque

Eu queria dibrar o beque
Imitar o Zico
Chutar de trivela, de peito e de bico
Estufar a rede e ir pratorcida

Mas quando começava a partida
Era aquela vaia
Meu sonho de artilheiro morria na praia
E alguém logo dizia o que me restou

Aaaaah! Catalanogol!!!!

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Um comentário:

André Diaz disse...

É, Ferrari! Sempre me mandavam catar no gol, pra não falar pra eu "catar coquinho!"Mas eu estava lá de má vontade mesmo! Era a obrigação das aulas de ed.física da escola! Via meu pai assistindo jogo na tv, e pra mim, aquilo era coisa de gente grande! O que me interessava era a fantasia dos gibis, que agora troquei pelos livros, mas eis que depois de velhinho, vim ver a graça do futebol, a virilidade do jogo, essa coisa física que nunca fez parte de minha vida, só a mental...São como os super-heróis que eu queria ser...Enquanto fingia que era Batman ou algum outro, chutando meu "arquiinimigo"(o travesseiro), os meninos menos dados a fantasia e mais à essa coisa física, ficavam lá embaixo na pracinha chutando a bola. Bom, acho que os dois atos correspondem à mesma busca não é? Agora me pergunto se aqueles meninos encontraram o que procuravam, eu ainda não encontrei, bolas...Cabeças de vilões...É muito válido chutá-las, mas são coisas da terra...Coisas que o peregrino vai sempre estranhar, de certo maneira.