em branco

bate bola

Depois de cumprir o tempo regulamentar, dava um jeito de driblar a namorada e correr pro abraço da outra. É, tinha duas. Não que fosse craque, show de bola. Tinha porque, naquele campeonato, eram mais rosas que azuis.

Jogava seu futebol direitinho, mas não era assim, um Ronaldinho. Apesar disso, vivia a se vangloriar de altas goleadas e na maior cara dura, contava pros amigos que não ficava cansado nem na prorrogação. Dizia que a torcida fazia festa que só vendo.
A galera vibrava e ao mesmo tempo esperava pelo dia em que o famoso levaria o cartão da namorada.

Dito e feito, não deu outra. Tomou uma bicuda, daquelas de fazer dó. A outra, ressentida, também não lhe deu guarida e avisou lá do banco de reservas que só jogaria de titular no dia em que seu passe triplicasse. Nosso craque, reformado, hoje bate bola num clube de várzea, lá na Vila das Saudades.

Um comentário:

André Diaz disse...

Triste fim do atleta do "amor"...
Parodiando aquelas velhas figurinhas: Amar é...ser fiel* ao seu time.

Não me entenda mal, Fernanda. Não é fiel no sentido corinthiano!

Rsrsrs;