em branco

Na via advém, mas se não vem, adivinha?

O que é o que é que:
entre erres e esses
de ruas e pedestres
homens e mulheres
não querem perder?

Tempo, tempo, tempo...

Parece com um teste,
são novatos e mestres
nativos campestres
com trajes e vestes
do mesmo porquê.

Passa tempo, passa tempo, passatempo...

E no último dia
que o ano padece
São Paulo conhece
com data de prece
o que vai pra tevê.

Há tanto tempo, há tanto tempo, há tanto tempo...

Que quando é hora de ir,
mesmo que chova canivete
só então se percebe
como são todos silvestres
quando querem correr.

Mas daí...

Falta tempo, falta tempo, falta tempo...

2 comentários:

Fernanda Rodrigues disse...

Que maravilha! Mais um grande talento nos Poetas do Tietê! Show!

Paulo D'Auria disse...

Muito, muito bom!!!

Ritmo fantástico e conteúdo! e, de quebra, um achado: "entre erres e esses"

Parabéns!