em branco

anti-são silvestre

São Paulo não é silvestre
São Paulo é agreste
É filme b
Sangue, suor e lágrimas
São Paulo é uma peste

Se existe algo que São Paulo não é, é silvestre
São Paulo é novela ruim
Selva de pedra, asfalto e medo
São Paulo é o fim

São Paulo é exatamente o contrário de silvestre
São Paulo é o mais óbvio chavão de metrópole
Cinza, suja e fria

São Paulo se odeia
Se antropofaz
E regurgita

Reinventando-se de tal maneira
Que aos 31 dias do mês de dezembro
São Paulo amanhece
Mais que silvestre
São Paulo se traveste
São Silvestre

Nenhum comentário: