em branco

Blade Runner da Silva



na noite

da minha cidade

não há estrelas

desaba chuva

de propaganda

enganosa


out-doors

são máquinas

de lavar dinheiro

ditando o foco

da sociedade

cadente


resta na lua fosca

coadjuvante colírio

nos olhos

bombardeados

por implacáveis

luzes


olhos-de-gato

são reticências

pelas ruas

direcionando

o modo de vida

embalado para viagem

Um comentário:

Paulo D'Auria disse...

Estrelas enganosas, poesia verdadeira!