Olho para frente
Vejo carros enfurecidos
Dedo médio levantado
Ouço palavras sujas como o céu
Vejo o ar...
Vejo motos
E morte
Costurando seus túmulos
Mergulhando na sorte
Vejo Pessoas
Estressadas
Enterradas
Entre paredes de concreto e aço
Olho para o chão
Vejo formigas
Em fila Paulistana
Sem buzinar
Sem chutar retrovisores
Construindo suas vidas
Como formigas civilizadas...
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Caranguejúnior
http://poesiadedaremdoido.blogspot.com/