em branco

volúpia

Três, pra ser exata. Todos meus.
Comer na barraca não fica bem.
Dois favoritos e um pra experimentar.
Maravilha!
Saco de papel, saco plástico
alguns guardanapos.
Com sorte rascunhos; sem sorte - lixo.

Um intruso no saco - sabor desconhecido.
Corro pra casa. No caminho, o encontro:
Família, novidades, doenças.
Sol a pino, cabeça cozida.
Saco fechado, pastéis abafados.
Livre enfim.

Aperto o passo, abro a porta, abro o saco.
Murchos, frios, molhados, cozidos.
Cheiro misturado, recheio grudado.
Já não eram pastéis, nem tortas
nem crocantes.
Quatro pra um, quatro e nenhum
que insensatez - melhor um por vez.

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