Desemprego.
Lanche na rua sai barato - pensei.
Sem rumo, exausta pela dúvida.
Dinheiro no fim
Futuro incerto.
Na barraca de pastel,
mordo o camarão comprado a preço de banana.
Ao meu lado, mulher rude, cara dura.
O filho, franzino, devorando a única refeição do dia.
Algumas moedas ganhas no grito silencioso da dor.
Meu pastel não desce mais. Dor no peito.
Eu, que nem moedas ganharia ao longo do dia.
Ela mãe, eu nem isso.
Sigo sem norte.
Ela forte - eu, nem isso.
2 comentários:
Que bonito, Fernanda! Tem gente com maiores preocupações que a gente, né? Tipo...Será que arrumo algo pro meu filho comer hoje? Será que ele não vai morrer até o fim da semana? É lição de vida, pra gente esquentar a cabeça com besteiras...
André Dia(s,z)?
oi Fernanda!!
é a realidade das ruas...
uns ganham dinheiro no grito,uns roubam milhões outros...
nem isso...
bjo!
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