(por André Dias)
O trânsito está complicado...
devido a greve do metrô,
No busão, bumbum, no ferro encostado...
é o bumbum da moça que diz "Alô!"
Ela fala algo mais no celular...
Mas o que interessa de fato, é o bumbum,
que no ferro, afunda-se sem parar...
Há lugar para mais pensamentos? Nenhum...
Só existe o bumbum e o ferro,
Agradeço por minha visão, agora...
E como o ferro, meus olhos enterro,
E todo o resto, sobra pouco para fora...
Como seria tal mergulho?
Como seria me esconder lá?
Quem dera, ser um pequenino embrulho...
Sente em mim! Envolva-me! Vem cá!
Ai! Quem dera, tal carinho!
Como me sentiria bem...
Penso, fantasio, por todo o caminho,
Quem sabe um dia, não farei parte do bumbum de alguem?
em branco
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2 comentários:
André, querido... por onde andará essa mulher agora? Quem dera ela, vier pegar o que lhe é de direito: o ferro do poeta que a marcou, como um gado, para a eternidade - sim, esse é o nosso poder!!
abraços
Renato? Das nuvens
Sim, apoiado, anônimo! Assim como a Garota de Ipanema, de Vinícius, essa é a Garota do Bumbum, do André!
Bumbum ternamente poético!
Abraço!
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