"Grandes poderes trazem grandes responsabilidades" - Dito popular norte-americano eternizado como o lema de o Homem Aranha de Stan Lee.
"Zaratustra é sim um Cristo da elite, pois Nietzsche escreveu o evangelho do super-homem - o que anuncia um novo tempo, uma era em que Deus morreu (dass Gott tot ist!), na qual o Homem se apressa para assumir o poder na totalidade, na qual terá que arcar com as conseqüências morais e éticas de um mundo sem Deus." - José Vanir Daniel (http://entendanietzsche.blogspot.com.br/).
Constatado o fato de que alguém que tivesse super-poderes teria de ter também uma super-consciência, todos tivemos de escrever um texto a partir do título "Se Eu Tivesse Superpoderes"
Se Eu Tivesse Superpoderes
Caranguejúnior
Se eu tivesse poderes
queria ter o superpoder legislativo
implantaria e deferiria as super leis
do País das Maravilhas
onde a lei que domina
é a lei dos mais fortes
ou dos mais ricos
Se eu tivesse poderes
queria ter o superpoder executivo
para ajudar os fracos e oprimidos,
Talvez um Robin Hood
tiraria dos mais ricos
e doaria aos mais pobres
usando a arma caneta
e simples assinatura
Se eu tivesse poderes
queria ter o superpoder judiciário
para condenar e prender os foras-da-lei
e aqueles que parecem dentro da lei,
Com superpoder de investigar e argumentar
não teria revisor que me parasse,
andaria por aí de capa preta
e meu nome talvez fosse
Joaquim Barbosa Man
André Dia(s/z)?
Se eu tivesse superpoderes
mandaria às favas, mandaria se foder
quem me impusesse deveres.
Se eu tivesse uma superforça
arrebentaria os muros de meu caminho
me sentiria livre pra andar sem roupa.
Se eu pudesse ficar invisível
espiaria a vida alheia
dormiria com mulheres casadas, pois seria possível.
E, por fim, se eu pudesse voar
como o Doutor Manhattan do Watchmen
ia pra Marte e mandaria todo mundo se danar!
Marcelo Tadeu
Se eu tivesse superpoderes
Mostraria ao mundo toda a minha beleza
Destruiria quem de mim duvidasse
A quem me desafiasse
Seria o melhor dos melhores
Seria o maior dos maiores
Teria o respeito de todos
E sentiria orgulho de escutar
Todos gritando meu nome
Paulo D'Auria
Feito um dia qualquer, amanheci, bebi meu achocolatado com biscoitos vitaminados, meu corn-flakes com yogurte de lactobacilos vivos e fui trabalhar.
Feito um dia qualquer, fui esperar o trem. Foi quando comecei a notar que algo estava errado: Ao disputar minha vaga no tapa pra passar pela porta, derrubei uns dois neguinhos nos trilhos. Depois, assustado, fiquei miudinho, espremidinho em meu lugar marcado.
Feito um dia qualquer, mal grunhi meus bons-dias na empresa, meu chefe descarregou sua pilha de problemas em minha mesa. Feito um dia qualquer, fitei-o profundamente e desejei-lhe em silêncio o que sempre lhe desejo. Mas aí comecei a notar que algo estava errado: Sua cabeça explodiu em pedaços.
Chegou polícia, televisão, jornalista e toda espécie de curioso tentando entender o que havia acontecido. Prestei depoimento. Depois, assustado, fiquei miudinho, em meu lugar calado.
Não sei se foi o achocolatado ou o corn-flakes, os biscoitos ou os lactobacilos, só sei que tem sido assim desde então. Virei chefe, só ando de carrão, tô ganhando uma grana preta com meus misteriosos poderes.
Hoje topei com o pai-de-santo lá do meu terreiro, que me perguntou por onde tenho andando, que nunca mais apareci e essas coisas todas. Foi quando notei que algo havia dado errado: Deus morrera dentro de mim.
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