em branco

Solidão

É um cão raivoso
a me acuar
Arrancando-me
tecos de vontade
de viver
Falho
ao fingir
ser autosustentável
Falho
ao querer
falar desse sentimento
Resta-me
meter-me
debaixo das cobertas
Onde há duas mãos
quentes
a me esperar

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