São Paulos, são joãos e Josés
São Marias, são Claras e das Dores
São cidades armadas de concreto e aço
Nas vilas Marianas, Santanas, Moemas
São cidades-colagem de aglomerado e papelão
Sob as pontes das marginais
Automóveis de mil cavalos
Carroças movidas a gente
São Paulo esparramada subindo a Cantareira
Descendo até o mar
São Paulo amontoada subindo até o céu
E sob o metrô da Sé
Uma estação secreta para o inferno
Cidade que já morreu
E outra que ainda nem nasceu
São Paulos que eu amo
Todos os dias depois
De jurar eterno ódio
Seus homens de terno no asfalto ao verão
Mendigos ao relento nas madrugadas de inverno
As morenas da zona norte
As madames da zona sul
Orgulho na zona leste
Guaranis na zona oeste
Zona, zona, zona e esperança
Esperança, esperança, esperança e espelunca
Locomotiva desgovernada do Brasil
Porta do mundo, cidades mil
São Paulo tem mil cantos
São Paulo tem professor de esperanto
Se você quer falar javanês, vá a São Paulo
Se você quer falar cantão, vá a São Paulo
Se você quer falar baianês, vá a São Paulo
Se você quer falar ao coração, vá a São Paulo
Do Jaraguá tem vista
Para a Paulista
Na Paulista
Ninguém enxerga ninguém
Buzinas e mundo cão
Subindo e descendo a Consolação
Eu me perco na multidão
Mas lá no fundo um cocoricó, um Rincão
Eu nunca me sinto só
Na matriz da Freguesia do Ó
São Marias, são Claras e das Dores
São cidades armadas de concreto e aço
Nas vilas Marianas, Santanas, Moemas
São cidades-colagem de aglomerado e papelão
Sob as pontes das marginais
Automóveis de mil cavalos
Carroças movidas a gente
São Paulo esparramada subindo a Cantareira
Descendo até o mar
São Paulo amontoada subindo até o céu
E sob o metrô da Sé
Uma estação secreta para o inferno
Cidade que já morreu
E outra que ainda nem nasceu
São Paulos que eu amo
Todos os dias depois
De jurar eterno ódio
Seus homens de terno no asfalto ao verão
Mendigos ao relento nas madrugadas de inverno
As morenas da zona norte
As madames da zona sul
Orgulho na zona leste
Guaranis na zona oeste
Zona, zona, zona e esperança
Esperança, esperança, esperança e espelunca
Locomotiva desgovernada do Brasil
Porta do mundo, cidades mil
São Paulo tem mil cantos
São Paulo tem professor de esperanto
Se você quer falar javanês, vá a São Paulo
Se você quer falar cantão, vá a São Paulo
Se você quer falar baianês, vá a São Paulo
Se você quer falar ao coração, vá a São Paulo
Do Jaraguá tem vista
Para a Paulista
Na Paulista
Ninguém enxerga ninguém
Buzinas e mundo cão
Subindo e descendo a Consolação
Eu me perco na multidão
Mas lá no fundo um cocoricó, um Rincão
Eu nunca me sinto só
Na matriz da Freguesia do Ó
7 comentários:
O que dizer desse poema?
Que não posso perdê-lo de vista até meus últimos dias?
Simplesmente MARAVILHOSO!!
Gosto mto do que vc escreve!
bjokinhas
Hehehe,
Fê, se já estou assim aos 43, imagina aos 86!
Beijos!
Paulo, no dia em que eu ganhar na loteria, ao invés de editar meus próprios livros, vou preferir ser editora dos seus.
rsrsrs
bjs!
* aos oitenta e poucos? Não posso nem imaginar, já que você se supera a cada dia. Parabéns!!!
Fê,
Obrigadão pelos elogios!!!
Mas não editar seus próprios livros, com seus poemas deliciosos, seria um desperdício!!!
Então, vamos combinar assim:
Se qualquer um de nós ganhar, nos comprometemos a editar os livros de ambos!
Beijos, amiga!
Maravilha Paulão.
A poesia mora ao lado !
Saudações da Frega !
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