em branco
Hipotenusa
(tirada da janela de casa)
lanço um olhar retilíneo sobre o horizonte de casas um quadro de altivez financiada num prédio de periferia estou acima não se constata outra coisa canta um cego rabequeiro “o sertão já virou mar” e sou deus e sou nenhum contemplo as luzes paulistanas imagino confins pontilhados na loucura surreal densidade demográfica um ponto nas reticências nas entrelinhas da frase que não se acaba em Penha-Lapa parágrafo e letra maiúscula mas deixa perguntas no ar muito mais que nono andar nego cio na solidão no pensamento negocio em linha reta sobre vidas e vigas no céu da terra prometida
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Um comentário:
Fala, Rogério!
Muito bom!
A opção pela não pontuação reforça ap mesmo tempo a noção de caos da metrópole e o retílineo do olhar.
Parabéns!
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